CsI*

 

Era uma vez o "C" que procurava continuamente a "I".

Tal processo de investigação era sempre interrompido pelas Emoções.

O "C", intrigado, perguntava a si próprio:

Porque tenho de agir sozinho? Porque não posso andar de mãos dadas com a "I"?

 

Experimentava, constantemente, experiências que o atormentavam e pareciam fragmentá-lo...

Só o seu amigo Tempo o ajudava a recompor-se quando algum episódio caótico, por algum motivo, tendia a acontecer... 

Que constantes desavenças! Mas o Tempo nunca o deixava só.

Por vezes parecia demorar a passar para o "C", mas acabava sempre por chegar e, maioritariamente, o "C" nem dava por isso.

 

A questão era: Será que o "C" ia coseguir sobreviver para sempre sem a "I"?

Não querendo conceber uma resposta afirmativa definitiva, o "C" propôs-se a deixar as suas fiéis amigas Emoções, para conseguir encontrar a "I".

Ele acreditava que só assim conseguia ser perfeito.

 

Findo esse processo de investigação,o "C" alcançou, como tanto ambicionava, a "I".

Não obstante, tornou-se como o Inverno, estava tão gelado que também perdera de vista os seus companheiros Sentimentos.

Ele agia cautelosamete, sempre invadido pelos impetuosos Pensamentos e falta de espontaneidade.

Ele perdera, para sempre, a sua identidade, dócil e amorosa, e começou a incorporar formas cauculistas de obter prémios e recompensas...

Apercebeu-se que estava a querer em demasia a "I", e a esquecer-se de tudo o resto que, outrora, o preenchia...

 

Então procurou ficar conetado à "I", sem que ela lhe pertencesse totalmente...

Sem, porém, ficar totalmente desprovido das suas amigas Emoções e dos seus companheiros Sentimentos.

 

Bem, este é o constante desafio do "C" de cada um de nós...

Em que frequentemente o "C" vive "S"em a "I"...

Talvez porque as suas amigas emoções não pedem licença e aparecem de forma espontânea...

E

Por achar que só assim consegue ser pleno e verdadeiro!

 

O "C" é o Coração.

A "I" é a Inteligência.

           

 Rita B. Rocha

CsI*

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